20 de outubro de 2011

China defende censura da internet após crítica dos EUA


A China defendeu na quinta-feira seu direito de censurar a internet, alegando a necessidade de "proteger o público" depois que os Estados Unidos pressionaram o país asiático a explicar suas restrições a empresas norte-americanas.
Os Estados Unidos querem saber por que o "Great Firewall of China" ("Grande Muralha Digital da China", um projeto de censura e vigilância administrado pelo Ministério de Segurança Pública chinês) impede tantas empresas norte-americanas de oferecerem serviços via internet, segundo uma carta obtida na quarta-feira, outro indício da crescente tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.
A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Jiang Yu, disse que a China incentivava ativamente o desenvolvimento da internet e protegia a liberdade de expressão online. "Ao mesmo tempo, em termos da administração legal da internet na China, o propósito é manter um bom ambiente de internet e proteger o interesse público", disse Jiang a jornalistas.
"Estamos dispostos a trabalhar com países para promover o desenvolvimento sólido da internet", afirmou. "Mas não aceitamos usar a desculpa de "liberdade de internet" para interferir nas práticas internas de outros países", completou ao dizer que o país respeita a lesgislação. "A China administra a internet de acordo com a lei e as práticas internacionais".
Ela acrescentou que empresas estrangeiras eram bem-vindas para fazer negócios na China, um país com mais de 450 milhões de usuários da internet e que exerce controle rígido sobre a rede no país. A China proíbe diversos sites, inclusive o Facebook, Twitter e YouTube, temendo que o livre compartilhamento de imagens e informações gere instabilidade social e prejudique a segurança nacional.

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